A retração de 0,8% do PIB brasileiro no terceiro trimestre, a sétima consecutiva, destoou do comportamento da maior parte da economia mundial no período.
Além do Brasil, em uma lista de 40 países, somente Noruega e Nigéria tiveram queda no PIB no período de julho a setembro em relação aos três imediatamente anteriores.
Nos dois casos, são economias que sofrem efeitos mais fortes da variação do preço internacional do petróleo. Tanto que a Noruega, descontando a participação da commodity, cresceu no terceiro trimestre.
Mesmo na vizinhança latino-americana, o desempenho brasileiro continuou a ser um destaque negativo.
Chile e México, que tiveram contração no segundo trimestre, voltaram a crescer de julho a setembro. A economia chilena registrou alta de 0,6%, e a mexicana teve comportamento ainda melhor: avanço de 1%.
Infográfico: Pib pelo mundo - 3T16
A Colômbia, o outro latino-americano que já divulgou seu resultado do PIB, também melhorou levemente: cresceu 0,3% em relação ao segundo trimestre, quando houve alta de 0,2%.
O Brasil não só ficou para trás em relação aos emergentes (a China cresceu 1,8%, a Malásia, 1,5%, e as Filipinas, 1,2%, por exemplo) como também teve desempenho pior que as economias ricas, que, por seu perfil, já têm, normalmente, um crescimento mais moderado que o dos países em desenvolvimento.
A economia americana, a maior do mundo, cresceu 0,8% no terceiro trimestre, mesmo resultado que o de Portugal e 0,1 ponto melhor que o da Espanha, duas economias europeias que nos últimos meses vêm recuperando as perdas registradas com a crise global iniciada em 2008.
O Japão, terceira maior economia global (atrás ainda da China), cresceu 0,5%, e a Alemanha, a quarta, 0,2%.
Folha de S.Paulo
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