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"Consegui o vestido de noiva para a minha mulher vendendo água em ônibus"

Quem liga para a festa de casamento é só a mulher? Esse tipo de estereótipo é batido... Prova disso é a história do eletricista Thyago Felippe de Macedo Araújo, 22, de Maceió. Ao descobrir que a costureira que daria o vestido para sua noiva, Diana da Conceição Felix de Macedo, 24, não poderia mais confeccionar a peça, ele arregaçou as mangas e foi vender água no ônibus para realizar o sonho de ter uma bela cerimônia:

"Quando conheci a Diana, eu tinha 14 anos e ela ia completar 16. Estávamos no colégio e éramos melhores amigos. Um ano e sete meses depois, nos apaixonamos, mas o pai dela não aceitava nosso namoro por eu ser muito noivo. Esperamos mais um ano até começarmos a namorar.

No começo do namoro, sofri um AVC e fiquei de cama. Ela ficou do meu lado o tempo todo. Me dava comida na boca e tudo. De 16 para 17 anos, tive outro e fiquei internado, em coma induzido. Os médicos falavam que não eu não ia mais me mexer, falar ou andar. Uma enfermeira falou: ‘O que você é dele? Namorada? Poxa, você é tão bonita e jovem para ficar com um rapaz doente’. E ela disse que faria tudo para cuidar de mim, até estudar medicina.

Graças a Deus não tive nenhuma sequela. Mas achei incrível o fato de ela não ter saído do meu lado. A gente só namorava, ela podia muito bem ter encontrado outro cara. Terminamos a escola e começamos a falar de casamento. A gente sempre sonhava sobre como seria a festa, onde faríamos e quantos convidados íamos chamar.

Minha família é desestruturada, então, meu sonho sempre foi casar e construir uma família. Sempre planejávamos que íamos casar no ano que viria e sempre acontecia algo que nos impedia de realizar nosso sonho. Até que comecei a trabalhar de eletricista e ela de costureira e ai sentimos, agora vai dar certo: ano que vem vamos casar!

Marcamos a data para o dia 28 de novembro de 2015 e começamos a focar nos preparativos. Recebemos ajuda de alguns familiares e a gente foi escolhendo salão, buffet, entre outros fornecedores. Fiquei desempregado e, nesse período, a professora que dava aula de costura para Diana disse que iria dar o vestido para ela. Já fiquei contente, porque vestido de noiva é muito caro.

Quando faltava um mês e dez dias para o casamento, a professora avisou que não ia mais ter como dar o vestido. A Diana chegou em casa chorando, querendo desmarcar a data do casamento. E eu tentei animá-la, disse que tínhamos até o dia 28 de novembro para conseguir, que ia dar certo.

No fundo, falei da boca para fora. Fui ao banheiro chorar e foi quando olhei para o chuveiro e vi que estava caindo uns pingos de água. Me deu um estalo! Sai do banheiro, já noite e pedi R$ 10 emprestados para ela. Comprei um pacote de água, fui para casa de um tio para pegar isopor, coloquei as garrafas de água. Criei um logotipo, enrolei fitinhas nas garrafas, tudo bonitinho.

No dia seguinte, fui para o ponto de ônibus. Os ônibus passavam e me dava aquela vergonha de entrar e alguém me reconhecer. No terceiro, peguei coragem e subi. Comecei a falar minha história, o porquê estava vendendo água e o que eu queria com aquilo. E aí todo mundo quis comprar. Quando abri o isopor, a etiqueta que tinha criado dissolveu com o gelo, ficou tudo molhado, tive até vergonha de dar a água. Em duas horas, vendi todo o pacotinho.

Resolvi comprar mais dois pacotes, saco de gelo e vendi tudo em menos de duas horas. Depois comprei mais quatro com o dinheiro que consegui e fui indo. Cheguei na casa da minha sogra e a Diana perguntou o que eu estava fazendo, disse que estava vendendo água, que ela ia conseguir casar sim, porque do nada, a gente faz tudo!

Passei uma semana vendendo água, era dia 10 de novembro, data da morte da minha mãe, um dia que sempre é difícil para mim. E eu ainda tinha conseguido pouco dinheiro. Eu estava lá no ônibus e a Priscila Angel tirou uma foto minha e perguntou se podia divulgar a imagem para nos ajudar a arrecadar fundos para o casamento.

Quando cheguei em casa, minha madrasta já veio falar que minha história estava conhecida no Facebook, que já tinha mais de tantas mil curtidas. E um monte de gente oferecendo coisas, pedindo o número da conta. Liguei para a Diana e ela começou a chorar.

No outro dia comecei a responder as pessoas. Tinha gente falando mal, dizendo que meu sonho era fútil. Quem conhece minha história sabe que sempre quis ter a minha família, ninguém sabe do que se passa no coração da pessoa. O sonho pode ser até fútil para outras pessoas, mas não para mim!

No dia seguinte, recebi uma ligação da produção do programa do Rodrigo Faro e eles mandaram passagens para a gente ir gravar em São Paulo. O Rodrigo se apresentou e começou a falar comigo: ‘O que você quer para o seu casamento?’. E eu só respondi: “Um vestido de noiva”. Ele não acreditava que eu só queria isso.

Mas meu objetivo nisso tudo era que a Diana tivesse o vestido de noiva dela. Quando o Rodrigo deu o vestido para a gente, parei de enviar o número da conta. Eu agradecia o interesse em nos ajudar, as mensagens que recebíamos. Muita gente depois veio oferecer vestido, docinho. Foi muito legal conquistar esse sonho graças ao Facebook.

Ao todo, conquistei R$ 500 vendendo água no ônibus. Fora a ajuda do pessoal do Facebook e o vestido de noiva, as alianças e a lua de mel do programa do Rodrigo Faro.

O nosso casamento foi maravilhoso e, graças a Deus, deu tudo certo. A Diana atrasou tanto que achei que ela tinha desisto [risos]. Acho importante o homem estar engajado nos preparativos da cerimônia. Eu, por exemplo, queria flores de campo na decoração. Às vezes parece que não, mas muitos homens se preocupam com qual roupa vão, sobre como vai ser a festa e etc. Se for um sonho da pessoa, ela vai se importar.
Casamos virgens e, meses depois, descobrimos que a Diana já estava grávida da Helena, dois meses. Ela só veio para solidificar nosso casamento. A vida de casado é gratificante. É engraçado querer tanto alguém e poder acordar todo dia com ela do seu lado. Às vezes até tomava um susto. Depois de um mês de casado, consegui um trabalho e tudo tem dado certo para a gente. Já passamos da fase de se acostumar um com a mania do outro. Sou bagunceiro, ela é organizada. Mas acredito que o casamento é um aprendizado constante."

Uol

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