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Pioneira: Isabelle é a primeira transexual a obter autorização para jogar vôlei por equipe feminina no Brasil

A curitibana Isabelle Neris, de 25 anos, é a primeira transexual no Brasil a conseguir autorização para jogar por times femininos de vôlei. Na última quinta-feira, a atleta foi liberada para competir em torneios ligados à Federação Paranaense de Vôlei (FPV).

Neste domingo, com a camisa das "Voleiras", ela estreia em um torneio amador de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O primeiro jogo oficial de Isabelle será na Taça Curitiba, torneio que será disputado entre 20 e 24 de março.

- Estou bem animada, a Taça é um evento de grande porte. A ansiedade bate por saber que é o meu primeiro jogo oficial realizado pela federação - conta a atleta.
Isabelle conseguiu a liberação da FPV na última quinta-feira, quando apresentou a identidade social e o documento de mudança de nome civil. Ela também mostrou exames hormonais que comprovam que o nível de testosterona dela é igual ao de outras atletas da modalidade.

A jogadora entrou para a equipe em maio de 2016 e já havia participado de dois torneios amadores, além de um de categoria mista. Em todas as competições, Isabelle teve que apresentar o mesmo tipo de exame físico. Nas quadras, a inspiração veio da jogadora Tiffany Abreu, que é brasileira e conseguiu permissão da Federação Internacional de Vôlei para atuar entre as mulheres na Itália.

- (A história de Tiffany) Foi o estopim para que eu não desistisse desse sonho. Nós devemos correr atrás do que queremos, somos a geração da mudança. As pessoas vão querer nos barrar, mas não devemos desistir se aquilo é o nosso sonho - disse a atleta.
O time de Isabelle joga neste domingo, às 12h, no Ginásio Cobra. O torneio é organizado pelo Galatasaray Voleibol. No campeonato, os jogadores prometem usar um uniforme com a hashtag “#SomosTodosIsabelle”. A ação é em resposta ao preconceito sofrido por ela em um dos jogos que participou.

Trâmites legais

Para receber liberação para os campeonatos federais, a diretoria administrativa das “Voleiras” entrou em contato com a federação, depois de a atleta demonstrar interesse em competir de forma oficial. A FPV, então, buscou precedentes no caso, para definir o futuro da atleta.

De acordo com o superintendente da federação, Jandrey Vicentin, não há nenhuma regulamentação oficial para casos como o de Isabelle. Vicentin diz que o episódio é o primeiro do país e já pediu à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) um estudo científico para inclusão de pessoas trans. A ideia da FPV é garantir ainda mais os direitos esportivos dos cidadãos.

- É um fato novo. No documento dela consta sexo feminino e nós quisemos garantir os direitos civis dela - explicou o dirigente da federação.

GE

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