Além de satirizar os heróis norte-americanos, Chapolin trazia uma grande crítica social da América Latina. Afinal, ele era um herói “sem dinheiro, sem recursos, sem inventos sensacionais, fraco e tonto”, nas palavras do seu próprio criador. Mas por outro lado, mesmo sendo um grande covarde, o Chapolin também é valente por ser capaz de superar seu medo para ajudar a quem precisa.
No seriado, a hegemonia dos países industrializados no mundo subdesenvolvido é simbolizada por meio de Super Sam, interpretado por Ramón Valdéz. O personagem é o paradigma do poderio norte-americano: uniforme semelhante ao do Superman, com direito ao famoso símbolo no peito do traje azul, e cartola com as cores da bandeira estadunidense. Como nunca fora chamado para ajudar alguém, suas aparições na série eram fruto da intromissão nas ações do Chapolin. Enquanto o herói mexicano tem sua marreta biônica como arma, o Super Sam carrega consigo "a arma mais poderosa" (um saco de dinheiro) e diz “Time is money!” como seu lema.
O Super Sam não é nada mais do que uma sátira inteligente e certeira sobre a mais reconhecida característica norte-americana, uma clara alusão ao pragmatismo da política externa dos Estados Unidos, quase sempre visando ganho capital, em detrimento de qualquer valor moral. Via Imagens e Histórias.
Um erro: os mexicanos também são norte-americanos. O termo correto mesmo para designar os nacionais dos EUA é o gentílico "estadunidense".
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