A inflação acumulada no Brasil este ano é de 8,52%. E, nos últimos 12 meses, beira os 10%. Mas esse número é uma média. Os preços de mais de 140 itens subiram mais do que isso.
Você vem sentindo na hora de pagar, mas certamente vai se impressionar com os aumentos que alguns produtos tiveram nos últimos 12 meses. Ao longo de um ano, a gente nem sempre faz as contas para saber o quanto cada produto subiu de preço.
O quilo de batata inglesa, por exemplo, aumentou 60%. E olha que a batata sempre foi um ingrediente que entrava no cardápio justamente para baratear o custo das refeições.
Em Porto Alegre, o preço da mesma batata subiu mais de 85%. Foi a maior alta do país entre os 422 produtos pesquisados. O aumento do feijão carioca também ficou bem acima da inflação: chegou a quase 50% em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
“Vou pesquisando, mercado por mercado. Vou pesquisando o mais barato, porque senão não dá para comprar, não”, contou Raquel Souza, doméstica.
Nem o tempero escapou: o preço da cebola subiu 36%. O do alho, mais de 40%. Em Salvador, na Bahia, o aumento passou de 68%. E as frutas? O abacate ficou 77% mais caro. A tangerina e a pera também tiveram aumentos bem acima da média.
O economista André Nassif explica que a inflação que estamos vivendo não tem como principal causa aquela velha lei de oferta e procura. O que empurrou os preços para cima foram os custos.
“Em especial de custo de combustíveis, custo de energia. A gente também deve lembrar que, ao longo desse ano, a gente teve uma forte valorização do dólar em relação ao real”, afirmou André Nassif, economista Fundação Getúlio Vargas.
O jeito é tentar poupar, fazer como a Rejane. “Come chuchu que é mais barato. Inhame também, está bem mais barato. Deixa a batata aí que ela está muito cara”, disse Rejane Martins, auxiliar de serviços gerais.
Da Redação
Via: G1
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