Marco Antônio Ricciardelli (PTB), o famoso Marquito do "Programa Ratinho", está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE), suspeito de cobrar uma certa quantia do salário dos funcionários que trabalham em seu gabinete. O chefe de gabinete e assessor de Marquito, Edson Roberto Pressi, também é suspeito de participar deste suposto esquema. O promotor de Justiça, Cassio Conserino, recebeu depoimentos de dois ex-funcionários de Marquito na semana passada. Um dos funcionários revelou ao promotor que foi obrigado a devolver metade do seu salário ao gabinete, no primeiro pagamento que recebeu. Esse funcionário foi nomeado assessor parlamentar, com salário de R$ 8 mil. Em seu depoimento, o ex-funcionário também comentou que, dos R$ 8 mil de salário, apenas R$ 2,5 mil mensais sobraram pra ele, o que o deixou indignado. Outro funcionário, disse que possuía um salário de R$ 2,5 mil, mas achou estranho que num certo mês, foi depositado R$ 5 mil em sua conta, tendo que devolver o valor de R$ 2,5 mil para o gabinete de Marquito. No outro mês em sua conta, diz a testemunha, foi depositado R$ 8 mil e ele teve que devolver o dinheiro, ficando com os seus R$ 2,5 mil. Para que provasse todos os detalhes, a testemunha mostrou os holerites e deixou com o promotor as cópias do extratos bancários.
Fatos graves
Conserino comentou que esses fatos são graves e correspondem a vários crimes, como por exemplo: improbidade administrativa e apropriação de bem e dinheiro público. A investigação está no início, mas já há um conjunto de provas, como saques na boca do caixa de valores altíssimos e vídeos comprovando o esquema.
Homem de confiança
Edson Roberto Pressi, é o braço direito de Marquito, responsável por acompanhar o parlamentar em todas as sessões plenárias. Até mesmo nas votações, Pressi orienta Marquito. Em um vídeo apreendido pelo MPE, Marquito diz que apoia Pressi em tudo. Marquito foi o 71° candidato mais votado em 2012 e compõe a base do prefeito Haddad. Marquito é o primeiro suplente da coligação PTB-PRB.
Da Redação
Via: Folha de São Paulo
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