Pular para o conteúdo principal

Pão e Circo: ex­-prefeitos e mais 20 são ouvidos pela Justiça

Esquema teria desviado R$ 62 milhões com festas em municípios da Paraíba. Audiência de instrução e julgamento será às 14h no Fórum Criminal de João Pessoa.

Presos na Operação Pão e Circo, em 2012, os ex­-prefeitos João da Utilar (Sapé), Renato Mendes (Alhandra) e Francisco de Assis de Melo (Solânea) e mais 20 réus vão prestar depoimentos nesta quarta-­feira (13), na audiência de instrução e julgamento, às 14 horas, no Fórum Criminal de João Pessoa. Para dar celeridade ao julgamento, o processo foi incorporado ao Mutirão da Improbidade Administrativa no âmbito do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ­PB). A audiência será presidida pela juiz Jailson Shizue Suassuna e acompanhada pelo coordenador do mutirão, o juiz Aluízio Bezerra Filho. A sentença deve ser prolatada em dois meses.

O delegado da Polícia Civil Nélio Carneiro, juntamente com sua equipe de agentes, foi designado em caráter especial para reforçar este ano os trabalhos. “O delegado vai atender às decisões de condução coercitivas, prisões provisórias e preventivas. Aqueles réus ou testemunhas que, de forma ardilosa, tentam retardar os atos judiciais serão atingidos por algumas dessas medidas. Tem sido comum o réu ou a testemunha somente adoecer em dia de audiência ou marcar exames médicos”, explicou Aluízio Bezerra.

A Pão e Circo foi deflagrada em junho de 2012. Na ocasião, foram presas 28 pessoas, entre elas, João da Utilar, Renato Mendes e Dr. Chiquinho, além de secretários municipais, servidores públicos e empresários. Entre eventos festivos e despesas conexas, o montante de recursos pagos pelos municípios paraibanos (Alhandra, Sapé e Solânea, respectivamente) às empresas investigadas – no período de 2008 a 2012 – correspondeu a aproximadamente R$ 62 milhões.

Dos 28 investigados, 23 foram denunciados em outubro de 2013 pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por crime de formação de quadrilha ou bando, além de outras infrações penais. A denúncia foi protocolada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do MPPB (Gaeco) e pela 5a Promotoria de Justiça Criminal de João Pessoa perante a 5a Vara Criminal da Comarca da capital.

Empresas fantasmas
De acordo com o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto verificou­se que várias empresas “fantasmas” foram criadas com o propósito específico de desviar verbas públicas e fraudar procedimentos de contratação de serviços para a realização de eventos festivos, incluindo contratos com bandas musicais, montagem de palcos, som, iluminação, comercialização de fogos de artifícios, shows pirotécnicos, alugueres de banheiros químicos e serviços de segurança. Tudo isso com o envolvimento e a participação direta de prefeitos da época, de alguns de seus familiares e de servidores públicos.

A investigação apontou também para a montagem de procedimentos licitatórios, onde os envolvidos produziam toda a documentação, no intuito de formalizar os certames. Também foi constatado superfaturamento dos objetos licitados, que os serviços contratados não foram executados e que documentos foram forjados, atestando, dentre outras coisas, a falsa exclusividade de artistas e de bandas para justificar a inexigibilidade de licitações.


Da Redação
Via: Jornal da Paraíba

Comentários

As Mais Visitadas

Ao explicar R$ 200 mil da JBS, Bolsonaro admite que PP recebeu propina: "qual partido não recebe?"

Na “Consulta aos Doadores e Fornecedores de Campanha de Candidatos” no Tribunal Superior Eleitoral, dados dão conta de que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) recebeu R$ 200 mil do grupo JBS durante sua campanha de 2014. Os dados mostram também que o deputado teria encaminhado o dinheiro como doação ao seu partido, que na época era o PP. Em participação no Jornal da Manhã desta terça-feira (23), o deputado explicou o ocorrido e deixou claro, apesar de não ser sua intenção, que o dinheiro não foi devolvido à Friboi, mas sim ao seu partido. “Começaram as eleições de 2014. Me liga o presidente do meu partido [Ciro Nogueira, na época] e diz que vai botar R$ 300 mil na minha conta. Disse que tudo bem, mas que colocasse R$ 200 mil na minha conta e R$ 100 mil na do meu filho. Quando vi o nome da Friboi, perguntei se queriam extornar. Falei que ia para a Câmara dos Deputado...

O dia em que amizades superaram as rivalidades em Mari/PB - Aldoberg Silva

O dia de ontem (27) no pequeno município de Mari, localizado na Zona da Mata da Paraíba, surpreendeu... Foi mais um domingo normal como de costume onde as famílias e os amigos se encontraram e se confraternizaram na pequena cidade do interior. Porém um evento realizado pelo ex-vice-prefeito Jobson Ferreira, se destacou; na imprensa, na opinião política, e nas palavras desta humilde coluna. O batizado do filho do casal Jobson e Valeska - vereadora do município de Mari,  seguido de uma  confraternização em sua residência, acabou reunindo e ligando vários extremos. Por lá, estiveram o deputado federal Rômulo Gouveia (PSD), vereadores de oposição e a vice-prefeita Karina Melo. Além de outras lideranças políticas do município e, claro, bastante amigos da família. Seguindo à regra, a imprensa noticiou, mostrou e analisou. Olhando o lado político da 'coisa' ignorando a essência. A realização do evento de caráter privado foi visto por alguns, como ato político. Uma estratégia par...

Vereadora eleita de cidade do Maranhão faz sexo dentro de Cartório Eleitoral com amante

Fernanda Hortegal, a vereadora recentemente eleita de Dom Pedro/MA que ficou conhecida em todo o Brasil por trair o marido médico Sansão Hortegal, transando com o seu amante na portada da casa do casal e motéis. Realizou uma fantasia ousada: fazer sexo dentro do Cartório Eleitoral, onde trabalha o pé-de-pano (seu amante). O vídeo viralizou na cidade em Dom Pedro e Região do MA. Dos 20 vídeos que o marido encontrou no celular da vereadora, a transa no Cartório Eleitoral é o que mais chama a atenção, no dia de expediente. É mole isso? Fernando Cardoso / Bastidores de Notícias