Pular para o conteúdo principal

Retorno de Eike ao Brasil foi negociado com a PF

O empresário Eike Batista embarcou na noite de domingo no voo 973 da American Airlines para se entregar à Polícia Federal (PF) na manhã desta segnda-feira no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio. Na sala de embarque do aeroporto JFK, em Nova York, Eike disse ao GLOBO, que retorna ao Brasil para colaborar com a Justiça.

Investigadores à frente do caso no Rio confirmaram, ontem, que esperavam que o empresário se apresentasse nesta segunda-feira às autoridades. Eike teve seu pedido de prisão preventiva expedido na quinta-feira em decorrência das apurações da Operação Eficiência, desdobramento da Lava-Jato. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ter pago US$ 16,5 milhões em propinas no exterior ao ex-governador Sérgio Cabral.

Considerado foragido após não ter sido encontrado em sua casa na última quinta-feira, Eike assumiu, junto a autoridades brasileiras, o compromisso de voltar ao Rio. A PF decidira que, se o empresário não cumprisse o acordo, pediria imediatamente a prisão dele nos Estados Unidos. Caso fosse necessário, o pedido seria feito por intermédio do Departamento de Recuperação de Ativos Financeiros (DRCI), órgão do Ministério da Justiça.

A demora das autoridades brasileiras em conseguir que Eike fosse preso em Nova York, uma das cidades mais conhecidas pelo alcance de seu policiamento, não foi gratuita. Na verdade, em nenhum momento, os investigadores ou o governo brasileiro pediram que o empresário fosse de fato preso pela polícia americana.

Ao contrário de alguns países que iniciam buscas tão logo o nome do procurado seja incluído na lista da Interpol, os Estados Unidos exigem que a agência internacional ou o governo do país interessado na prisão faça um pedido específico no ministério público local — um juiz precisa deferir a solicitação. A Polícia Federal, deliberadamente, não deu este passo. O objetivo era conseguir que Eike se entregasse de forma negociada, o que vai ocorrer hoje.

De acordo com autoridades brasileiras, a negociação é vantajosa, uma vez que a prisão do empresário no exterior exigiria um longo processo de extradição ou deportação, cujo trâmite poderia durar meses.

Nos últimos dias, após ser deferido o pedido de prisão no Brasil, as negociações para que Eike se entregasse tiveram idas e vindas. Na manhã de sábado, autoridades brasileiras chegaram a acertar com a defesa do empresário que ele embarcaria ainda naquela noite para o Rio de Janeiro, onde se entregaria na manhã de ontem. O empresário, no entanto, recuou e pediu mais um dia.

Na sexta-feira, o advogado de Eike, Fernando Martins, reuniu-se com integrantes da força-tarefa responsável pelas investigações dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio, composta por representantes do MPF e da PF. Um dos participantes da reunião disse ao GLOBO que o grupo sustentou que não havia nada que pudesse ser feito e que o empresário deveria se entregar, já que tem contra si um mandado de prisão preventiva. Após o encontro, procuradores afirmaram que não negociaram condições para que Eike se entregasse. O advogado do empresário também afirmou, em nota, que não estabeleceu condições para que ele se apresentasse. Martins disse que a conduta seria “juridicamente incabível” e afirmou que Eike sempre esteve disposto a colaborar com os investigadores e a Justiça.

O empresário viajou para Nova York na terça-feira, mas os agentes só souberam que ele havia deixado o Brasil após a tentativa frustrada de prendê-lo em casa, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. A prisão foi determinada em despacho assinado no dia 13 de janeiro pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal. Inicialmente, havia o temor entre investigadores de que o empresário traçasse uma rota de fuga. Os registros mostraram que ele embarcara levando também o passaporte alemão. Como tem cidadania, caso chegasse ao país europeu, a captura poderia ser inviabilizada. Com os sinais, ao longo dos dias, de que Eike pretendia se entregar, o medo de que ele fugisse se dissipou.

Assim que desembarcar no Rio, Eike deverá ser levado para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal. A expectativa é que a operação seja feita de forma “discreta” — a tendência é que o empresário entre em um carro da PF ainda na pista, sem passar pelo saguão do aeroporto. Há ainda a possibilidade, vista como mais remota, de que o depoimento aconteça na unidade da PF no Galeão.

O Globo

Comentários

As Mais Visitadas

Corinthians monta mosaico 3D para celebrar o hexa brasileiro antes do clássico

Corinthians monta mosaico 3D para celebrar o hexa brasileiro antes do clássico BRASILEIRÃO O clássico deste domingo contra o São Paulo marcou o primeiro jogo do Corinthians como campeão oficial do Campeonato Brasileiro 2015. E para comemorar o hexa nacional, o alvinegro, jogando em casa, ergueu um gigantesco mosaico em 3D nas arquibancadas da Arena Corinthians para recepcionar os atletas e festejar o título. Mas como tudo que está ligado ao novo hexacampeão sempre acirra ânimos de torcedores e dos 'antis', como o Corinthians chama os adversários, a arte dividiu opiniões nas redes sociais. Paineis brancos erguidos pela própria torcida traziam a palavra Hexa separada por um brasão erguido por cabos de aço descendo do teto da arena. Segundo imagens que vazaram na internet durante os ensaios, o emblema deveria mesmo ficar pela metade. Mas para alguns internautas, a "arte" ficou incompleta. Da Redação Via: UOL Esportes

Cruzeiro E C de Mari-PB, o mais querido do brejo.

O saudoso Cruzeiro Esporte Clube de Mari-PB, uma equipe de futebol amadora, que figurou no cenário do esporte paraibano nas décadas de 70, 80 e começo de 90. Mesmo não fazendo atuações no campeonato da elite do estado, a simpatica equipe de Mari sempre orgulhou os filhos da terra, sagrando-se campeão da Copa Matutão , em 1980 - (espécie de segunda divisão do paraibano de hoje). Devido a essa alegria, a forte equipe ganhou o apelido de " O mais querido do brejo" . O Cruzeiro de Mari, foi um adversário á altura para as principais equipes do futebol paraibano, enfrentando; Treze, Campinense, Botafogo, Guarabira e o também extinto Confiança de Sapé. Possível escalacão de uma das fotos, em pé: Guri, Adroaldo, Nozinho, Lula, Mison, Alcídes, agachados: Bibiu, Ribeiro, Nêgo, Romeu e Gordo. FONTES: Federação Paraibana de Futebol CRÉDITO: Aldoberg Ivanildo da Silva

O dia em que amizades superaram as rivalidades em Mari/PB - Aldoberg Silva

O dia de ontem (27) no pequeno município de Mari, localizado na Zona da Mata da Paraíba, surpreendeu... Foi mais um domingo normal como de costume onde as famílias e os amigos se encontraram e se confraternizaram na pequena cidade do interior. Porém um evento realizado pelo ex-vice-prefeito Jobson Ferreira, se destacou; na imprensa, na opinião política, e nas palavras desta humilde coluna. O batizado do filho do casal Jobson e Valeska - vereadora do município de Mari,  seguido de uma  confraternização em sua residência, acabou reunindo e ligando vários extremos. Por lá, estiveram o deputado federal Rômulo Gouveia (PSD), vereadores de oposição e a vice-prefeita Karina Melo. Além de outras lideranças políticas do município e, claro, bastante amigos da família. Seguindo à regra, a imprensa noticiou, mostrou e analisou. Olhando o lado político da 'coisa' ignorando a essência. A realização do evento de caráter privado foi visto por alguns, como ato político. Uma estratégia para