Apenas 10,3% dos brasileiros aprovam o governo do presidente Michel Temer, diante dos 14,6% que o consideravam ótimo ou bom em outubro, revela uma pesquisa de opinião divulgada nesta quarta-feira (15).
De acordo com a pesquisa realizada entre os dias 8 e 11 de fevereiro pelo instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 44,1% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo, indicando uma piora de mais de sete pontos (36,7%) em comparação aos dados registrados em outubro.
A avaliação do desempenho pessoal do chefe de Estado também foi abalada: 62,4% dos entrevistados o desaprovam (eram 51,4% em outubro), enquanto 24,4% o aprovam (eram 31,7% há quatro meses).
Temer assumiu o poder de forma provisória em maio de 2015, e foi confirmado em agosto após a destituição da presidente de esquerda Dilma Rousseff, da qual era vice-presidente, acusada pelo Congresso de ter manipulado as contas públicas.
A pesquisa, realizada em um universo de 2.002 pessoas, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais, analisa possíveis cenários para as eleições presidenciais de 2018.
O ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) aparece como opção importante quanto às intenções de voto do primeiro turno, e se impõe agora em todas as possibilidades estudadas de um possível segundo turno.
Em outubro, o ex-candidato do PSDB Aécio Neves e o ex-sindicalista estavam em um empate técnico (37,1% a 33,8% a favor do primeiro), mas atualmente Lula se colocaria com 39,7% dos votos favoráveis a ele contra 27,5% do seu adversário.
Em todos os casos, entre um quarto ou aproximadamente 39% do eleitorado votariam branco ou nulo, da mesma forma que 7,2% iriam declarar-se indecisos.
Os resultados da pesquisa “mostram uma percepção negativa do governo de Michel Temer” e “um cenário eleitoral indefinido, com número elevado de eleitores indecisos ou que votariam branco ou nulo, favorecendo o surgimento de novos candidatos e propostas”, ressaltam os autores do estudo.
O Brasil está há dois anos em sua pior recessão econômica em mais de um século, e o desprestígio de sua classe política se vê agravado devido o escândalo da Petrobras, que envolve políticos de praticamente todos os partidos.
IstoÉ
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