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Governo encontra 1,5 milhão de famílias no Bolsa Família com renda menor que a declarada

Até mesmo no pente-fino feito pelo governo do presidente Michel Temer ano passado, com o objetivo de descobrir beneficiários que mentiam sobre a renda para continuar recebendo o Bolsa Família, o fenômeno do empobrecimento apareceu. Ao cruzar diversas bases de dados, a fiscalização encontrou 1.570.963 famílias que, ao contrário do foco da investigação, tinham renda menor que a declarada. E, por isso, teriam direito a benefícios maiores do que recebiam.

No geral, eram pessoas que haviam sido demitidas no último ano e não comunicaram a nova condição ao governo, o que pode ser feito com a atualização do cadastro na Assistência Social do município. O número de famílias nessa situação (1,5 milhão) corresponde a 46% da quantidade que caiu na malha fina por inconsistência nos dados informados: 2,2 milhões.

Desse total flagrado por alguma inadequação identificada no pente-fino, 470 mil tiveram o benefício cancelado automaticamente por desrespeitarem as regras do programa, 655 mil foram bloqueados para cumprir pendências e 1,1 milhão entraram no processo de averiguação, ainda em curso.

DE VULNERÁVEIS A POBRES

Outra situação que chamou a atenção foi a de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal consideradas vulneráveis, por terem renda per capita mensal acima de R$ 170, superior ao exigido para receber o benefício do Bolsa Família, mas abaixo de meio salário mínimo. Em 2016, 431.221 famílias nessa situação atualizaram a renda para baixo e tornaram-se elegíveis ao programa, ou seja, caíram de vulneráveis para pobres. O número é 68% maior que no ano anterior, quando 256.066 famílias fizeram essa transição no cadastro.

— Realmente não víamos isso desde os anos 2000. A pobreza caía sistematicamente qualquer que fosse a linha de pobreza adotada. As pessoas em geral atualizavam a renda para cima e não para baixo. É um termômetro importante sobre a situação econômica e social do país. O programa terá que lidar com essa nova realidade — constata Tiago Falcão, secretário nacional de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e responsável pelo Bolsa Família.

Para Magna Cordeiro dos Anjos, paraibana de 56 anos sem filhos, nunca houve folga no orçamento. Mas os 26 anos de trabalho como secretária escolar em São Vicente do Seridó, município de cerca de 10 mil habitantes a pouco mais de 200 km de João Pessoa, garantiram a ela uma certa tranquilidade. Há pouco mais de dois anos, porém, foi surpreendida pelo desemprego, engrossando as estatísticas de pobres no Brasil. Hoje, conta que vive com R$ 172 do Bolsa Família na companhia de uma sobrinha.

— Tem que fazer milagre, mas dá para sobreviver. Compro gás, arroz, feijão. Eu, sinceramente, já estava pensando na minha aposentadoria quando fiquei sem emprego e precisei pela primeira vez do Bolsa Família.

O Globo


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