Setores obscuros da sociedade conspiram para inviabilizar a democracia
A crise de moralidade que assola o Brasil fortaleceu àqueles que sempre viveram no subterrâneo da República e conspiram por uma intervenção militar.
A desmoralização da classe política e vácuo de lideranças concorre para o crescimento da candidatura populista e de extrema direita personificada em Jair Messias Bolsonaro.
Camuflam-se entre os que respeitam as regras os que na verdade vislumbram num golpe militar a única chance de chegar ao poder.
Faz-se necessário que a sociedade fique vigilante às hordas que se multiplicam doutrinadas a partir dos quartéis.
O principal discurso dos golpistas é a necessidade de se barrar a violência a partir da derrubada da lei que proíbe o porte de armas.
São radicais de extrema direita se organizando como nunca visto e com propostas que encontram eco na população, às voltas com a violência urbana, cansada dos escândalos revelados pela Lava Jato.
Bolsonaro é a parte visível dessa onda, aquele escalado para ter interlocução com a mídia e buscar apoio em setores da sociedade.
Por traz dele estão a indústria armamentista, militares de varias fardas, ganhando muitos seguidores junto as PMs, e, perigosamente, uma militância com ideias retrógradas, conservadoras e avessas ao Estado Democrático de Direito.
Os seguidores de Bolsonaro são truculentos, machistas, homofóbicos, racistas e xenófobos.
Nas redes sociais essa militância mais parece grupo paramilitar, pois replicam o linguajar da caserna e desprezam o poder civil, defendendo abertamente até o assassinato de quem possa obstacular a ascensão do líder Bolsonaro.
Antes que descambe para um situação de descontrole, esses setores deveriam ser alvo de ampla investigação do MP, pois crescem defendendo a insubordinação, como visto agora recente na greve da PM de Espírito Santo, e são capazes de tudo, já que ostentam ligações com os quartéis e outros setores da Segurança Pública, e se acham acima da Lei, desqualificando a legitimidade do STF, Congresso, MPF e outros poderes constituídos dentro das regras democráticas.
Dércio Alcântara
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