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Delações não importam. Lula é o alvo

As pesquisas que indicaram a vitória de Lula em qualquer cenário, caso as eleições presidenciais fossem hoje, aceleraram os mecanismos montados no Judiciário, em especial na Lava-Jato, para eliminar o líder petista da vida pública e impedi-lo de concorrer ao próximo pleito. Até um cego é capaz de detectar as manobras realizadas, agora já às escâncaras, para justificar uma eventual prisão do ex-presidente e condená-lo mesmo sem provas para torná-lo inelegível. O juiz Sergio Moro, visto por muitos como super-heroi e paladino da Justiça, é o principal instrumento utilizado pela direita para que essa injustiça gritante seja perpetrada, sob as vistas complacentes do Supremo Tribunal Federal e os aplausos da mídia. Agora, pergunta-se: que mal Lula fez a essa gente para alimentarem tanto ódio?

Na verdade, Lula não fez mal a nenhum deles, mas contrariou seus interesses políticos e econômicos, na medida em que direcionou o seu governo para os pobres e impediu a dilapidação do patrimônio nacional pelos vendilhões da pátria. Seu maior crime, no entanto, talvez tenha sido a libertação do Brasil das garras do Tio Sam, colocando-o entre as grandes nações como país emergente, ombreando-o, entre outros, com a Rússia e a China. Isso desagradou profundamente os Estados Unidos que, habituados a tratar-nos como seu quintal, viram com preocupação a nossa aproximação com russos e chineses. E certamente tiveram participação decisiva no golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, associando-se aos maus brasileiros que ambicionavam o poder. Montaram, então, um esquema destinado não apenas a afastar Dilma mas, também, a impedir Lula de voltar ao Palácio do Planalto.

Enquanto delatores afirmam ter entregue milhões de reais a figurões da política, como Aécio Neves e José Serra, por exemplo, o pessoal da Lava-Jato tenta, desesperadamente, encontrar um fiapo de indício que possa incriminar Lula de qualquer coisa. Ninguém até hoje disse ter dado a ele sequer dez centavos, mas os diligentes investigadores, sob o comando do juiz Sergio Moro, insistem em apontá-lo como proprietário do apartamento do Guarujá e do sitio em Atibaia, na esperança de enquadrá-lo como beneficiário de obras realizadas pela construtora OAS. À falta de coisa melhor, esse é o crime que pretendem atribuir ao ex-presidente operário, embora não exista uma só prova de que os imóveis pertençam a ele. Aliás, o próprio ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, já inocentou Lula no seu primeiro depoimento, mas teria mudado a sua versão em novo depoimento para incriminá-lo e, o que é mais grave, atendendo a suposta orientação dos próprios investigadores, como moeda de troca para obter a liberdade.

E os milhões doados a tucanos, inclusive no exterior, conforme confissão dos doadores? Bem, isso não parece despertar o menor interesse, porque o objetivo da Lava-Jato seria combater a corrupção apenas de petistas e aliados, não de tucanos e peemedebistas. Na verdade, o alvo é Lula. Nove ministros do governo Temer são acusados do recebimento de propinas milionárias, inclusive o próprio Temer, mas eles permanecem tranquilamente nos cargos sem serem incomodados. Aécio, o mais delatado dos políticos, se movimenta com incrível desenvoltura como se não estivessem falando dele. E não se tem notícia de nenhuma iniciativa do Judiciário para puni-los a médio prazo. Nem se deve esperar qualquer ação do juiz Moro, que já foi flagrado em sorridente bate-papo com o "mineirinho" da Odebrecht e com um sorriso subserviente no cumprimento ao presidente postiço Temer, durante evento em Brasília. A carranca do magistrado, pelo visto, é só para os seus prisioneiros, sobretudo para os petistas. Tem-se a impressão que ele faz tipo para intimidar os que caem em suas malhas.

Observa-se que o pessoal da Lava-Jato, transformado pela mídia em estrelas, está se movimentando com um olho no peixe e outro no gato, ou seja, com um olho em Lula e outro no projeto de lei sobre abuso de poder em tramitação no Senado. Ao mesmo tempo em que buscam algo que possa incriminar o ex-presidente petista, de modo a impedir sua volta ao Planalto pelos braços do povo, se empenham para evitar a aprovação do projeto que pode enquadrar os seus abusos. E produzem até vídeos que espalham nas redes sociais, pretendendo influenciar internautas anencéfalos que embarcam em tudo o que é postado na internet. Sem votos e sem mandato eles resolveram agora fazer leis ou interferir nas atividades do Congresso, extrapolando suas funções de servidores públicos encarregados de cumprir a legislação, provavelmente empolgados pela fama. E como o país virou casa de mãe Joana, onde todo mundo faz o que quer, eles se julgam no direito de fazer política. Como a classe política está desacreditada, consequência de uma sistemática campanha de desmoralização, os Trumps da vida querem ocupar os espaços. Um perigo para o país.

Ribamar Fonseca/Brasil 247

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