Investigado na Lava Jato por suposto recebimento de “vantagens indevidas” da OAS e da Odebrecht, o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo continua a conduzir processos de interesse das empreiteiras no TCU; Vital atua como relator, com poder para determinar os rumos das auditorias e elaborar os votos que orientam os julgamentos; a situação vem sendo questionada pelos próprios auditores e procuradores da corte de contas
As informações são de reportagem de Fábio Fabrini no Estado de S.Paulo.
"Em ao menos cinco casos, que avaliam irregularidades em contratos das empresas com a Petrobrás e outros órgãos públicos, Vital atua como relator, com poder para determinar os rumos das auditorias e elaborar os votos que orientam os julgamentos. A situação vem sendo questionada pelos próprios auditores e procuradores da corte de contas.
O ministro responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sido citado por empreiteiros e delatores da Lava Jato como beneficiário de propinas quando exercia mandato de senador pelo PMDB da Paraíba. Ele nega as acusações.
Uma das investigações, aberta no ano passado, apura a suspeita de que o então congressista cobrava “pedágio” de construtoras para protegê-las na CPI Mista da Petrobrás, que ele presidia em 2014, antes de ser indicado para a corte de contas. A acusação foi feita pelo ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro.
Em depoimento, Léo Pinheiro disse ter pago, como contrapartida, R$ 1,5 milhão em caixa 2 a Vital em sua campanha para o governo da Paraíba, em 2014. O empresário entregou notas fiscais dos supostos repasses.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo também disse ter tratado de pagamentos com Vital."
Brasil 247
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