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Padilha diz que governo ainda pode reverter sua impopularidade

Em uma autocrítica sobre o governo de Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, diz que a crise econômica ainda não foi totalmente revertida e que a população brasileira não está contente. Segundo ele, a atual administração não é bem avaliada, mas também não é "execrada pela população".

Em balanço à Folha de um ano da gestão peemedebista, a ser completado na sexta (12), ele reconhece que devem ter sido cometidos equívocos. Avalia que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é "indispensável" para o atual governo e que, para a eleição presidencial de 2018, "não há solução" fora da política.

Folha - Em um ano, qual a maior conquista de Temer?

Eliseu Padilha - A constituição de uma aliança forte com o Legislativo, uma base de sustentação não vista em tempo de democracia no país. São 411 deputados, dos quais 330 votam sistematicamente com o governo.

E o maior erro?

Seguramente, nós devemos ter cometido erro também. Mas, por óbvio, não serei eu quem vou apontar.

Por que a economia se recupera em ritmo mais lento do que era esperado?

Temos sinais de reversão da crise. No começo, não são muito fortes. Vem uma crise profunda, estabiliza e, depois, começa a sair dela. Vivemos a saída da crise.

Quando a economia dará sinais fortes de recuperação?

No fim do segundo semestre deste ano e no primeiro semestre do ano que vem.

A população tem dado sinais de insatisfação.

O governo procura, com a maior brevidade, fazer com que o país volte ao nível de crescimento, gere empregos, distribua renda, retome a arrecadação. Quando a economia vai bem, temos esses fatores e todo mundo tem a sensação de ir bem. Quando a economia vai mal, e ela ia mal, nós temos a sensação de que a coisa não vai bem.

Como interpreta a impopularidade do governo? A insatisfação se justifica?

O governo tem humildade suficiente para saber quando a população está contente ou não. Neste momento, sabemos que a crise ainda não foi revertida por inteiro, logo, a população não está contente. As pesquisas de popularidade não são surpresa, compreendemos as razões. Mas temos esperança de reverter com alguma rapidez.

Em 2015, Temer disse que seria difícil Dilma Rousseff resistir até o fim do mandato com popularidade baixa. Como ele vai chegar ao fim de 2018 com essa popularidade?

Ele pode chegar com toda franquia que tem hoje no Congresso. Essa é a grande diferença. Nós temos uma base de sustentação política muito consistente.

Se tem uma base consistente, por que tem dificuldades na reforma da Previdência?

Todos os projetos que o governo mandou para o Congresso foram aprovados. Com a reforma da Previdência, vai acontecer a mesma coisa. Será colocada em votação quando tivermos certeza de que temos os votos.

O governo tem plano B, caso a reforma não seja aprovada?

Trabalhamos com a reforma como se ela estivesse sendo aprovada, como efetivamente será. Não tem plano B.

Quantos votos há hoje?

Devemos estar muito próximos do número necessário para aprovação, de 308. Temos o levantamento feito, mas não é ainda conclusivo.

Depois da fase das reformas, qual será o foco do governo?

Temos ainda [as reformas] fiscal e política, ainda este ano. O governo também busca de parceiros do setor privado e temos grandes empreendimentos para acelerar.

Quando a reforma tributária será apresentada?

Quando terminarmos com o andamento das duas reformas que tramitam no Congresso, vamos trabalhá-la. Não convém misturar mais reformas neste momento.

O sr. diz que o brasileiro paga muito imposto no consumo e pouco nos ganhos de capital. O governo vai atacar isso?

Penso que o presidente tem mais razão em simplificar o sistema vigente do que alterar o sistema tributário. Não sei se, neste momento, temos clima para essa alteração.

As críticas do líder do PMDB, Renan Calheiros, às reformas surpreendem o governo?

Renan é um dos homens públicos de maior competência política. Sempre é bom contar com o apoio dele. Ele está junto conosco, mas tem manifestado discordâncias. Ele é absolutamente indispensável, precisamos e vamos contar com ele.

Como o governo vai convencer outros parlamentares a votar por reformas impopulares?

O problema são as consequências de não votar a reforma da Previdência. Se a economia estiver bem, os políticos terão todas as condições eleitorais. Se estiver mal, vamos ter problema para todos que estão hoje no Congresso.

Isso vale para Temer?

Ele tem declarado enfaticamente que não será candidato. Por óbvio que, se a economia estiver muito bem, alguém do governo poderia estar bem eleitoralmente.

O Planalto demitiu aliados de deputados que votaram contra o governo. Trata-se de "toma lá, dá cá"?

Ou tu é governo ou tu é oposição. Quem não vota com o governo dá sinais de que não gostaria de continuar.

A Lava Jato fragilizou o governo e o Congresso?

São dois procedimentos completamente distintos: o de governar e o de promover as apurações. Nós temos que governar, e o Poder Judiciário e o Ministério Público têm que fazer a Lava Jato alcançar seus resultados.

Claudio Melo Filho, da Odebrecht, disse que mandou entregar R$ 10 milhões no escritório de José Yunes para financiar campanhas do PMDB. Yunes disse que o dinheiro foi entregue a seu pedido.

Em relação à Lava Jato, só devo falar, e estou orientado por meus advogados, nos autos do processo.

A impopularidade de Temer se reflete sobre candidatos de partidos governistas?

As ações do governo não sofrem grandes discordâncias, haja vista as manifestações que tivemos. O governo não é bem avaliado pela população, mas também não é um governo que esteja sendo execrado.

Folha de S. Paulo

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