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Estudo identifica problemas ambientais provocados pela formação de lixões na Paraíba

No mundo inteiro, os problemas ambientais são alarmantes e um dos biomas que mais sofre os impactos negativos é a caatinga. Este, por muito tempo, foi considerado erroneamente como um ecossistema de pouca riqueza biológica, o que comprova um desconhecimento de mundo vivido por milhões de brasileiros.

O fato de a caatinga ser concebida um ecossistema feio, seco e pobre motivou o seu uso como depósito de resíduos sólidos. Dessa forma, o que deveria ser preservado está sendo transformado em lixões com centenas de problemas implicados ao meio ambiente e a sociedade.

De acordo com um levantamento feito por uma pesquisa coordenada pela professora Mônica Maria Pereira da Silva, do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que integra o Grupo de Extensão e Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental (GGEA), a Paraíba conta atualmente com 200 lixões e a maior parte está localizada no interior da caatinga, contribuindo para a produção de chorume, emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa e os organismos adaptados aquelas condições que, geralmente, detêm potencial adverso à saúde humana.

“Dentro dessa pesquisa foram identificados vários impactos ambientais negativos, como a infiltração do chorume no solo, a poluição dos corpos aquáticos, compactação e poluição do solo, poluição visual, presença de animais e desvalorização imobiliária do entorno. Tudo isso poderia ser evitado se a Lei 12.205/2010 que trata do fim dos lixões estivesse sendo cumprida. A desativação de um lixão deve ser acompanhada de um plano de recuperação, o que demanda sobretudo o conhecimento da vegetação adaptada a este tipo de ambiente, por isso observamos esses efeitos no bioma caatinga”, explica a professora Mânica Maria.

Confirme a pesquisa, apesar dessas condições de degradação do espaço, foram identificadas 16 espécies da flora distribuídas em oito famílias. Desse total, sete são reconhecidas como nativas da caatinga (marmeleiro, jurema, macambira, palmatória, pereiro, facheiro, xique-xique,) e nove são exóticas, mas naturalizadas (algaroba, algodão de seda, malva, urtiga, mussambê, charuteira, mamona, pinhão bravo e pinhão roxo).

Ainda de acordo com as observações feitas, à medida que essas espécies se estabeleceram provocaram mudanças essenciais para a recuperação daquele ambiente, principalmente em relação a paisagem e a regeneração do solo.

“A promoção da conservação da biodiversidade da caatinga não é uma ação simples. Ela requer superação de grandes obstáculos, como assegurar a geração e disposição final alicerçadas nos princípios da sustentabilidade e corresponsabilidade. A desativação de um lixão não significa que o problema foi solucionado. É preciso observar as estratégias aplicadas pela natureza para recuperar estas áreas, além de não esquecer que isto demanda um longo tempo. A destruição da natureza ocorre com rapidez, mas a sua recuperação é lenta”, afirma a professora.

O bioma caatinga é exclusivamente brasileiro. Compreende uma área de 850.000 km², representando 70% do Nordeste brasileiro, 11% do território nacional e 92% do Estado da Paraíba.

Possui aproximadamente 28 milhões de habitantes. A região detém uma importante biodiversidade, com registro de 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas.

Ascom

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