A Prefeitura de Sapé, Zona da Mata Paraibana, vem promovendo um verdadeiro inchaço na folha funcional do município, elevando desenfreadamente o número de servidores contratados por excepcional interesse público. Enquanto os servidores efetivos totalizam 711, os contratados passaram de 145 em janeiro de 2015, para 382 em outubro do mesmo ano, o que representa um aumento de mais de 163% em apenas dez meses. Os dados são do Sagres (Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade) do Tribunal de Contas do Estado. Mas os números não param por aí. Na Secretaria de Saúde, o número de contratados já supera o total de servidores efetivos. Dados do Fundo Municipal de Saúde, também disponíveis no Sagres, demonstram que no setor de Saúde os contratados já totalizam 424, enquanto que os servidores efetivos são apenas 348, ou seja, já existem 76 servidores contratados a mais que os efetivos. Enquanto isso, a população reclama da falta de médicos e da precarização do atendimento hospitalar. A "farra" das contratações também acontece com os recursos do Fundo Municipal de Assistência Social. Nesta secretaria, os contratados totalizam 68, enquanto que os efetivos são apenas 50. Na lista de servidores contratados encontramos 14 digitadores, e dentre os servidores efetivos não existe nenhum funcionário nesta área. Este exemplo demonstra a necessidade de concurso público para várias áreas do setor público de Sapé. Na prefeitura e nas Secretarias de Saúde e de Assistência Social, o número de servidores contratados já totaliza 874, dados de outubro de 2015, último mês disponibilizado no sistema do Tribunal de Contas. As secretaria citadas trabalham no sistema de gestão plena, ou seja, são autônomas e possuem gestão própria onde os secretários são os gestores dos fundos municipais de Saúde e Assistência Social, respectivamente. As contratações nessa modalidade acontecem desde abril de 2013, primeiro ano da atual gestão. A contratação por excepcional interesse público é prevista em lei para contratação de mão-de-obra por tempo determinado e com a finalidade de atender a necessidade temporária de excepcional interesse do serviço público, contudo, a Prefeitura de Sapé vem utilizando essa modalidade para suprir necessidades permanentes, postergando a realização de concurso público, pagando salários inferiores aos dos servidores efetivos, perpetuando apadrinhados no serviço público e deixando de dar oportunidade a milhares de pessoas que estudam e se preparam para prestar concursos. Essa é a cara da gestão do prefeito Roberto Feliciano (foto), que segundo o blogueiro Dércio, não sabe nem classificá-la, diante das fortes denúncias feitas neste dia 15, pelo radialista Nilvan Ferreira, no programa Rádio Verdade da Arapuan. Nas denúncias feitas pelo radialista, está a ocupação de quase todos os cargos de primeiro escalão por parte da família do prefeito Roberto Feliciano. "Sapé precisa mudar. O povo já não aguenta mais essa gestão perseguidora e desmantelada", declarou o vereador Jojó (DEM).
Da Redação
Via: O Farol
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