O presidente americano, Barack Obama, fará uma histórica visita à cidade de Hiroshima durante uma visita à Ásia, este mês, informou a Casa Branca nesta terça-feira (10).
Essa será a primeira visita de um presidente americano em exercício a uma das duas cidades arrasadas pelas bombas atômicas jogadas pelos Estados Unidos, em agosto de 1945.
Hiroshima foi atingida em 6 de agosto e Nagasaki, três dias depois. Estima-se que mais de 140 mil pessoas tenham morrido apenas com a bomba de Hiroshima.
Apesar do gesto inédito, Obama não fará um pedido de desculpas dos Estados Unidos pela destruição, avisou a Casa Branca em um comunicado.
O objetivo da visita prevista para o dia 27, segundo a Casa Branca, é "dar destaque a seu compromisso contínuo na busca da paz e da segurança em um mundo sem armas nucleares".
O assessor de segurança nacional Ben Rhodes escreveu, em um blog, que Obama não vai discutir a opção pelo uso da bomba atômica no final da 2ª Guerra Mundial. "Em vez disso, ele vai oferecer um olhar para o futuro com foco em nosso futuro", informou.
Obama vai a Hiroshima na companhia dos primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em uma viagem que já estava prevista na Ásia, entre 20 e 28 de maio —o americano também irá ao Vietnã.
Obama arrived in Tokyo on Wednesday at the start of a four-nation trip that comes at a time of rising tension in the region, and as the United States urges Japan's unpredictable neighbour North Korea not to conduct another nuclear test.
O premiê japonês, Shinzo Abe, e o presidente Obama após jantar em 2014
Em 2009, em um discurso em Praga em que defendeu um mundo sem armas nucleares, Obama disse que se sentiria "honrado" em poder visitar Hiroshima e Nagasaki, em algum momento de seu mandato na Casa Branca.
No mês passado, o secretário de Estado, John Kerry, foi a Hiroshima, disse que Obama gostaria de ir à cidade, mas não sabia dizer se haveria tempo para a visita.
Sobreviventes da bomba atômica e outros moradores de Hiroshima dizem ter mais expectativas a respeito de progressos no descarte de armas nucleares que sobre um pedido de desculpas dos americanos.
Da Redação
Via: Folha de S.Paulo
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